Psicanálise
Quando alguém se encontra na vida com um sofrimento psíquico e decide buscar ajuda profissional, é frequente se perguntar qual tipo procurar dentre os vários "psis" que existem. Psiquiatra? Psicólogo? Psicanalista? Cabe aqui uma primeira diferenciação.
Psiquiatra é um médico, isto é, alguém que estudou medicina e se especializou na área da psiquiatria. Sua orientação será escutar o paciente e avaliar se tem ou não a necessidade de medicação para o caso. É bastante frequente que eles encaminhem os casos para psicólogos/ psicanalistas, visto que a psiquiatria entende a saúde mental como um campo multidisciplinar.
Psicologia é um termo que, ao meu ver, deve ser usado no plural, uma vez que não existe uma psicologia, mas várias. Isso quer dizer que são muitas as teorias psicológicas, o que implica em várias maneiras de se conceber a mente humana. Dentro dessas teorias psicológicas temos: a cognitivo-comportamental, o behaviorismo, a psicanálise, dentre outras.
Escolhi a psicanálise lacaniana como orientação profissional. No início da minha graduação, estudei profundamente muitas dessas teorias. E me decidi pela psicanálise! Pelo rigor, profundidade e pela experiência, tanto como praticante da psicanálise como psicanalisante.
A psicanálise surge com Freud, seu criador. A grande diferença das outras teorias psicológicas é que ela tem como premissa básica o conceito de inconsciente, que seria esse texto que está para além do nosso eu consciente, mas que está presente na vida através dos sintomas, dos sonhos, dos chistes e dos atos falhos.
Quando recebo um novo paciente no consultório, é recorrente me perguntarem como funciona. Noto que há uma ideia inicial de que se falará apenas no que está no âmbito da queixa sintomática. A ideia é que se avance para além disso. Uma psicanálise se dá com uma única regra, sua regra de ouro: "Fale o que lhe vier a mente".